Deitada
sobre o parapeito da vida
assisto, reticente,
aos círculos egocêntricos
que criamos em nós.
São escolhas, caminhos, ruelas vivas...
Sede insaciável
de factos, pessoas ou locais,
do que não temos,
no momento que vivemos.
O encolher de ombros
acompanhado de um inconformado “sim”,
“quero”, ou “gosto”...
Verdade que rebola
para baixo de um véu.
A incapacidade
não aceite, oculta,
expremida à exaustão...
Com o intuito único
de parecer mais forte, mais perfeito,
mais integrado, ou mais aceite...
Moldamos a pele, os sentires,
ao que não somos.
Recolhemos os braços e os sonhos...
...
Ninguém sabe quem és,
até que as abras...
as tuas asas.
5 comentários:
Eu mantive as minhas fechadas durante tanto tempo, que agora não as consigo fechar.
:)
gostei do teu querer
gostei do teu espaço
gostei da tua musica
gostei de vir até aqui
gostei tanto que vou voltar
fica bem
martinha
E quando finalmente abrimos as asas, aí sim... somos nós mesmos, num voo libertador!
Adorei o que escreveste, porque me identifiquei com o teu pensamento.
Beijo
Sem as abrirmos nunca saberemos que são asas...
Um beijo mágico **
Não tenho muito a dizer a não ser...perfeita sintonia entre a musica e as palavras..uma semana cheia de Sonhos para ti..beijinhos..
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