17 de novembro de 2011

Obrigada.




Obrigada,



pela rosa deixada



no parapeito



da minha alma.




Obrigada,



por aquele abraço



salgado



na nossa praia.




Obrigada,



pelos banhos



iluminados



pelas estrelas.




Obrigada,



pela lua



que me ofereceste de presente



naquela noite quente de verão.




Obrigada,



por todos os mimos



que colaste



na minha pele.




Obrigada,



pelos ramos de flores



gigantes, de arco-íris feitos



com que surpreendeste



o meu olhar.




Obrigada,



pelos momentos



que me deixaste entrar em ti,



e enroscar-me



no teu calor.




Obrigada,



pelo tempo



intensamente desfolhado



na troca



de palavras.




Obrigada,



por todas as horas



em que me leste



com o toque



das tuas mãos.




Obrigada,



por me teres amado.




Obrigada,



por me teres deixado amar-te.

14 de outubro de 2011



Numa lágrima




que se entrega ao sorriso,




numa dança inflamada




dos sentidos.




Sinto o teu coração bater




através do meu.




Que ainda sangra




entre verdades e mentiras.





Na tempestade calma,




disfarçada de ironia,




colada ao avesso




da minha pele.




Seca a dor




da tua ausência,




que me (re)nasce




nos sentires.





Numa lágrima




que se derrama no sorriso,




ingénua




por não ser capaz,




de o salvar do beijo




que o afogou, para sempre




na tua pele.

21 de setembro de 2011





Voltei,


Cheia de promessas


choradas por entre os dedos,


na palma das minhas mãos...



Cheia de sentimentos


confusos, desfeitos,


num novelo de mentiras envolto


no meu peito, no meu coração...



Cheia de mágoa


gemida de momentos


que ficaram por viver,


engolidos pela dor...



Cheia de sonhos


a soluçar todas as sílabas,


do que foi ontem


um grande amor...



Voltei,


Cheia de vazios


abraçada a ti


no reflexo do passado,


sem conseguir respirar...

5 de julho de 2009


Deitei-me sobre o teu peito,


Quente


Naquela pedra fria, jazida


Cascata de sentires


Do ser-te, do seres-me...


Numa fusão indescritível,


Comunhão de almas


Na pele...

29 de junho de 2009



"Nunca é tão fácil perder-se como quando se julga conhecer o caminho."

Encontrei, entre palavras soltas, na página de um jornal, esta frase...

Fez-me sorrir...

Talvez por me identificar com ela, tantas e tantas vezes ao longo da minha caminhada...

Porque nunca conhecemos verdadeiramente nenhum caminho, por muitas vezes que já o tenhamos trilhado, vai ser sempre diferente...

Há sempre tantas coisas que se nos escaparam, tantas outras que se encontram em constante transformação...

É... interessante ver, cheirar,... e conseguir sentir as coisas de formas tão novas, tão distintas... num mesmo lugar, com uma mesma pessoa, num mesmo caminho...


Deixo um beijo, grande... recheado* a todos os viajantes que passem por este meu trilho de sentires.

11 de junho de 2009

Sei que gostas de mim



Sei que gostas de mim


Embora diga que não...


Quando me perguntas.


Sei que gostas de mim


Quando os teus olhos


deixam de ser teus


e os meus olhos


deixam de ser meus...


tornando-se um só farol,


no rumo das nossas vidas.


Sei que gostas de mim


Quando me apertas contra o teu peito


Com o tudo de ti.


Sei que gostas de mim


Quando me sorris com o olhar


E suavemente me pegas na mão,


Como se de cristal eu fosse feita


(E me pudesse partir).


Sei que gostas de mim


Quando me fazes sentir tão especial


Simplesmente por estares ao meu lado.


Sei que gostas de mim


Porque ouves-me


As memórias mais sofridas.


Sei que gostas de mim


Em cada momento que me lês... em segredo.


Sei que gostas de mim


Porque beijas-me


os dias cinzentos.


Sei que gostas de mim


A cada amanhecer


em que me encontro


nos teus olhos...


Sei que gostas de mim


Porque do gelo fazes-me calor.


Sei que gostas de mim


Pelas horas, pela vida


que dás à minha vida.


Sei que gostas de mim


Pela doçura que sempre deposita


o teu olhar no meu.


Sei que gostas de mim


Porque me lembras o que é o essencial.


Sei que gostas de mim


Porque me chamas de princesa,


Mas sempre me tratas como uma rainha.


Sei que gostas de mim


porque me embalas todos os medos e todos os sonhos.


Sei que gostas de mim


Porque te preocupas,


Porque me escutas,


Porque me proteges,


Me acarinhas e me cuidas.


Eu sei... que gostas de mim...

20 de maio de 2009


Os homens da minha vida.

São sementes. Que envolvo nos meus abraços.

São tempo. São vida. São flores a germinar no meu peito.

Os homens da minha vida. São poucos.

Nos campos dos meus sentires. São espinhos. São ervas daninhas.

São esperança. São força.

Os homens da minha vida. Duplos sentidos. Na pele da minha alma.

Serei eu... sentimalista?

Por sentir a rejeição de caules passados, que o tempo já devera ter levado?

Numa espera intemporal, do apurar de uma explicação, de uma palavra... por ter secado, o amor que rogavas, por mim?

Serei eu... má filha?

Por não aceitar, não me resignar a uma realidade irracional que crias para me magoar?

Contaminando de veneno, raiva e orgulho os valores que me sustentam?

Qual espinho certeiro... espetado em cheio, no amor, maior de todos. O Amor... de filha e pai.

Serei eu... egoísta?

Por... querer mais? Por... precisar de mais? Por querer provas do amor que dizes ter-me.

Por dar-me a cada dia, na entrega incondicional, do que por ti sinto.

E esperar receosa, que também tu, queiras partilhar o teu mundo, a tua vida comigo...

Os homens da minha vida. São fogo que não se apaga.

Por muito que ardam no tempo.

São desilusão.

São expectativa no meu peito.

Os homens da minha vida. Apesar de tudo...

Foram amor. São amor. Serão sempre amor.

São sementes. Que envolvo nos meus abraços.

São flores a germinar no meu peito.