28 de maio de 2008

“Parada no ar” em pleno vôo...


Não existem palavras

quando a linguagem é muda...

Brisa fria que me invade a alma,

ao de leve...

Sentir-(te)... Sentir-(nos)...

Magia, alquimia, feitiço,

em mim...

Eco quente que me possui o corpo,

e expõe a alma...

Baloiço num trapézio,

sem rede...

Suspensa por um fio invisível

que me prende inexplicavelmente,

a ti...

Envolvo a rede, o baloiço!...

Dos sentidos!

Num par de asas, fundidas,

sem começo, sem fim...

26 de maio de 2008

Inalcansável...


Sinto a falta

de alguém

que me atravesse

o corpo

com a espada

de um

olhar,

apenas!

19 de maio de 2008

Your call...


Um grito mudo

que me consome...

Sorriso triste

que se esboça

em mim...

Estar tão longe...

E ter tanto a dizer.

E sentir, este vazio...

Tão cheio

de ti

14 de maio de 2008

Alma... a minha !


Alma

uma flor...

de pétalas levadas

pela brisa de sentires...

Alma

um mar...

onde me perco

na imensidão estonteante do verde e azul,

de ondas que gritam por algo mais...

um vento calado...

de silêncio,

que me suspira ao ouvido mudas palavras...

Alma... !

um mundo de lua dourada

e de Sol em tons pérola...

pintado a cores,

com o arco-íris...

onde me encontro,

num fechar de olhos!

Na esperança

que as palavras se dissipem,

rasgo a folha

mas elas, continuam ali...

7 de maio de 2008

Como uma experiência religiosa...




Emergiste do fundo da noite e,

cruzaste-me a pele

com o suave toque da tua ausência...

Voltaste a encher de luz

o amanhecer do meu dia,

hoje, que por momentos,

pensei em ti...

Sussurraste-me ao peito

adiados sentires, contidos,

que afagaste entre as tuas mãos...

E eu,

de olhos emocionalmente fechados,

beijei ao de leve, o teu olhar

e abracei-te contra mim,

o mais que pude...

Tu,

que entras em mim e,

sem querer,

me envolves nas horas de um tempo

a que não quero voltar...

4 de maio de 2008

Sabor de Amar...


Derrete-se nos lábios,
escorrega pela curva do pescoço
e foge entre mãos...

Parte sem despedidas,
leva a chave de todos os sentidos...

Espera incessante
pelo teu olhar, que não responde,
pela tua voz, que não vem...

Dias,
que se alinharam em semanas,
em meses...

A porta está fechada,
tens a chave que a abre...

Mas deste lado, eu já não sou a mesma,

Já não te espero...