26 de julho de 2008

Abraço (-Te)...


Foi no abraço quente

contra o teu peito,

que fechei o olhar.

E, me envolvi... em ti...

A cada respiração, suave...

que ao meu ouvido sussurravas,

A cada brisa...

a beijar-me a pele,

A cada toque...

a percorrer-me os sentires,

A cada som...

que os teus lábios me davam...

O passear das tuas mãos

sobre as minhas, ao de leve...

O beijo dado com todos os sentidos,

antes de se consumar na entrega

da dança das bocas...

Foi no abraço quente

contra o meu peito,

que abri o olhar.

E, te envolvi... em mim...

22 de julho de 2008

Marés... de ti



Naquele instante que se fez eterno,


fiz do meu porto de abrigo


os teus braços...


Fiz dos teus olhos, a vela,


que me impulsionou o coração


a seguir em frente...


A leveza do brilho cúmplice das almas,


uniu-se para lá dos sentidos...


O sorriso colou-se nos lábios e,


confessou o instante do beijo


que ansiamos...


Navego no aroma, no calor


da tua pele, na minha...


Nas ondas invisíveis,


em que os teus olhos


se afundam nos meus...


Marés de ti...


Em mim.

12 de julho de 2008

Talvez... um Auto-retrato



Deito-me


sobre o manto de verdades ocultas,


que cobre a face da minha inocência...


Rouba-me o encanto e leva-me a magia,


assombra-me... são medos, fantasmas,...


Levam-me a Ser para dentro


e, a apenas existir, para fora...


Espreito a janela infinda do mundo,


suaves nuances de ausência


tingem-me a pele...


Continuo vestida,


mesmo quando estou nua...


Debaixo da minha pele,


sou livre, apenas,


quando transponho


as frágeis paredes desta dimensão...


Brilho de um fogo-preso, imenso,


que me queima os sentires ...


Busca incessante,


da verdadeira essência


que habita em mim...


Que os meus olhos pintam


e ninguém vê...

6 de julho de 2008

Vestida de Ti...



Ecos quentes, confidentes,

tentam-me os sentidos...

São aromas dançantes,

rasto mágico de momentos

que se passeiam

sobre a pele macia e inquieta

da minha alma...

Não Sentes...?

Não ouves?

Este sussurrar

que me embala os passos

ao lado dos teus...

A percorrer as dunas de luar,

varridas pelo tempo,

de sentires meus...

Neste mapa invisível

que os teus olhos

me traçaram na pele...

E me deixaram...

Vestida... de Amor.

Vestida... de Ti.

2 de julho de 2008


Profundo de ti

em mim...

Vazio que me prende,

pede-me mais

do que memórias...

Porque desde

que te foste embora,

tenho cá dentro

algo,

que não quer sair...

Leva-me...

E não me traz de volta...

E fala-me...

Fala-me...

de ti!