9 de fevereiro de 2009


Deitada


sobre o parapeito da vida


assisto, reticente,


aos círculos egocêntricos


que criamos em nós.


São escolhas, caminhos, ruelas vivas...


Sede insaciável


de factos, pessoas ou locais,


do que não temos,


no momento que vivemos.


O encolher de ombros


acompanhado de um inconformado “sim”,


“quero”, ou “gosto”...


Verdade que rebola


para baixo de um véu.


A incapacidade


não aceite, oculta,


expremida à exaustão...


Com o intuito único


de parecer mais forte, mais perfeito,


mais integrado, ou mais aceite...


Moldamos a pele, os sentires,


ao que não somos.


Recolhemos os braços e os sonhos...

...

Ninguém sabe quem és,


até que as abras...


as tuas asas.

5 comentários:

Fénix disse...

Eu mantive as minhas fechadas durante tanto tempo, que agora não as consigo fechar.

martinha disse...

:)

gostei do teu querer
gostei do teu espaço
gostei da tua musica
gostei de vir até aqui
gostei tanto que vou voltar

fica bem
martinha

impulsos disse...

E quando finalmente abrimos as asas, aí sim... somos nós mesmos, num voo libertador!

Adorei o que escreveste, porque me identifiquei com o teu pensamento.

Beijo

Mαğΐα disse...

Sem as abrirmos nunca saberemos que são asas...

Um beijo mágico **

Angel disse...

Não tenho muito a dizer a não ser...perfeita sintonia entre a musica e as palavras..uma semana cheia de Sonhos para ti..beijinhos..